sábado, 18 de outubro de 2014

Passio Domini - Meditação do Getsemani por Sao Joao Paulo II - parte 1



JMJT



PRIMEIRA PARTE: Orações iniciais

Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.
Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.


Em Nome do PAI, FILHO e Espirito Santo. Amém

SENHOR, tende piedade de nós.
CRISTO, tende piedade de nós
SENHOR, tende piedade de nós

1. Oferecimento de si em benefício dos Sacerdotes

Meus DEUS e PAI, em resposta à palavra de Vosso FILHO no Monte das Oliveiras: “Vigiai e orai Comigo”, pedimos a Vós: aceitai-nos como auxiliares especiais de Vossos sacerdotes, em nome dos quais, oferecemos a Vós cada quinta-feira como um sacrifício de amor.

Com desejo fervoroso, eu me ofereço-Vos, ó PAI, com completa confiança, juntamente com esta celebração da Passio Domini como um sacrifício de amor em favor de todos os sacerdotes. Tomai este sacrifício e transformai-o no “vinho” para o Cálice do Fortalecimento. Então, PAI, enviai Vosso Santo Anjo com esse Cálice para fortalecer os sacerdotes, especialmente os de minha paróquia. Amém.

2. Oração preparatória para Meditação da Paixão:

Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus.

Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim.

Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado.
O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!.
Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus.
Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte — para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono.
Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele!

Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!
Meu Anjo da guarda velai para que as minhas faculdades se concentrem todas na agonia de Jesus e nunca mais se desprendam. Amém.

Ó meu Senhor Jesus Cristo, prostrado na tua presença divina, suplico ao Teu amorosíssimo Coração que me admita à dolorosa meditação da Tua Paixão, durante as quais, por nosso amor, tanto sofreste no Teu corpo adorável e na Tua alma santíssima, até à morte de cruz. Ajudai-me e dai-me a graça, o amor, a profunda compaixão e a compreensão dos Teus sofrimentos, enquanto agora medito na tua prisão.

Ó misericordioso Senhor, ofereço-Te a vontade e o desejo que tenho de meditar a Tua Dolorosa Paixão e aceita a minha amorosa intenção e faz com que seja de proveito para mim e para todos.

Dou-Te graças, ó meu Jesus, que por meio da oração me chamas à união conTigo e, para Te agradar ainda mais, tomo os Teus pensamentos, a Tua língua, o Teu Coração e com Eles pretendo rezar, fundindo-me inteiramente na Tua Vontade e no Teu Amor. Por fim estendo os meus braços para Te abraçar e apoio a minha cabeça no Teu Coração. Desta maneira pretendo meditar. Amém.

10 minutos de silêncio para oração pessoal...


SEGUNDA PARTE: Meditação


Meditação da Agonia do SENHOR por Papa Joao Paulo II:


1) JESUS com que freqüência ele rezava sozinho, se afastava dos seus discípulos e se entretinha em colóquio com o Pai. Na maioria das vezes, fazia-o enquanto os outros repousavam: “E passou a noite inteira em oração a Deus” (Lc 6,12), como lemos no Evangelho. Só houve um caso em que Jesus pediu claramente aos Apóstolos que participassem da sua oração, e foi exatamente no Getsemani, para onde o Mestre havia ido junto com eles na noite da quinta-feira santa. Todos eles ainda conservavam diante dos olhos e no coração o que Jesus havia feito e dito na última ceia. E eis que, deixando os outros Apóstolos à entrada do Getsemani, ele tomou consigo três: Pedro, Tiago e João, os mesmos que tinha levado ao Tabor, e disse-lhes: “Ficai aqui e vigiai comigo”. E, afastando-se um pouco deles, prostrou-se por terra e orou (cf. Mt 26,38-39). No caso, tratou-se de um evidente convite para participar da sua oração.

Por que justamente naquele momento? Por que justamente daquela vez? Talvez porque já os havia introduzido em uma particular participação no seu mistério: tinha-lhes dado como alimento o pão dizendo: “Isto é o meu corpo que é dado por vós” (Lc 22,19), e como bebida o vinho dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós” (Lc 22,20), e, finalmente, recomendando: “Fazei isto em minha memória” (Lc 22,19). Deste modo, havia-os introduzido nas profundezas do seu mistério.

Jesus começa a sua oração. Afastando-se dos três, começa — como já o havia feito tantas vezes — o seu colóquio com o Pai. Desta vez, porém, o colóquio é decisivo: ele tem início nas profundezas da alma de Jesus e revela toda a verdade da sua humanidade, manifestando também a intensidade de sua angústia naquele momento concreto da vida do Filho do Homem; ao mesmo tempo, entretanto, ele se apresenta igualmente como uma síntese de todas as preocupações daquele que dizia a respeito de si mesmo: “Eu sou o bom pastor: o bom pastor dá sua vida por suas ovelhas” (Jo 10,11). Jesus entrega-se a esta oração com a incomensurável e universal ansiedade que experimenta diante de cada indivíduo e de todos os homens: “Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,14). Esta oração reflete o grande conhecimento de Jesus a respeito do homem e da humanidade inteira, mergulhada na dramática cisão ocorrida depois do pecado original, dando lugar a um progressivo afastamento da Vontade do Pai, afastamento que, por sua vez, acarretará efeitos mais espantosos do que os da desobediência original.

Esta é a oração que revela o grande conhecimento sobre o homem, porque pronunciada por aquele de quem disse a Escritura: “Não necessitava de que o informassem sobre homem algum, porque conhecia o que havia no homem” (Jo 2,25).

Minuto de silêncio...  Ave Maria...

2) “Meu Pai se é possível, que passe de mim este cálice”. Com que palavras pronunciou tal oração? Conhecemo-las muito bem: são palavras lapidares, mas, ao mesmo tempo, transbordantes do peso daquela hora, isto é, da hora em que o servo de Javé deve cumprir a profecia de Isaías, dizendo o seu “sim”. “Jesus Cristo... não foi sim e não, mas unicamente sim” (2Cor 1, 19).

As palavras de Cristo no Getsemani são simples, até mesmo aquelas mediante as quais se exprimem as verdades mais profundas e as decisões mais importantes. Jesus disse: “Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26,39). Observemos que esse cálice, de agora em diante, não vai mais poder ser afastado dele, porque no cenáculo já havia sido transmitido à Igreja, já se havia tornado o “cálice da nova e eterna Aliança” e o cálice do sangue “que será derramado” (Mc 14,24 e paralelos). Apesar de tudo isto, Jesus diz: “Se é possível, que passe de mim...”.

Que significa: “Se é possível”? Não é esta a oração do Filho de Deus que, com toda a verdade da sua humanidade “sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus” (1Cor 2,10) no Espírito Santo? Ele, participando da maneira mais completa do mistério da liberdade de Deus, sabe que não deve ser necessariamente assim; e, ao mesmo tempo, participando do Amor divino, sabe que não pode ser de maneira diferente. No fundo, ele viera ao Getsemani para receber o Julgamento, emitido desde muito, ou melhor, desde a eternidade (cf. Cl 2,14). Assim mesmo, veio: ajoelha-se e reza, como se o Julgamento, emitido desde toda a eternidade, tivesse de ser pronunciado ali e naquele momento. “Se é possível, que passe de mim este cálice...”.

A oração é sempre uma redução maravilhosa da eternidade à dimensão de um momento concreto, uma redução da Sabedoria eterna à dimensão do conhecimento humano, ao modo concreto de compreender e de sentir, uma redução do amor eterno à dimensão do coração humano concreto, que às vezes não é capaz de lhe acolher a riqueza e que parece despedaçar-se.

Durante a oração no Getsemani, o suor que apareceu sob a forma de gotas de sangue sobre a fronte de Jesus é sinal de um tormento agudíssimo por que passa o seu coração humano. “É ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte...” (Hb 5,7).

Minuto de silêncio...  Ave Maria...

TERCEIRA PARTE: Oferecimento das gotas do Preciosissimo Sangue

5) Oferecimento das gotas do Preciosissimo Sangue do SENHOR. (neste momento cada pessoa pode oferecer em silencio ou em voz alta a gotas do Precisissimo sangue por uma intenção)

6) Encerramento: Santo, Santo , Santo ....

7) Senhor e Salvador , JESUS CRISTO

Senhor e Salvador JESUS CRISTO!
Só o Vosso amor pode salvar o mundo,
O Vosso amor pode vencer tudo!
Fazei-nos, pois portadores do Vosso amor!
Queremos adorar-Vos e amar-Vos
Com toda a força de nosso coração.
Permiti que conVosco, com MARIA Santissima,
Com todos os Anjos e Santos,
Formemos um anel luminoso de salvação
Ao redor do mundo e da Igreja,
Principalmente ao redor do Santo Padre,
Dos nossos Bispos e Sacerdotes
E de todos os que queremos abrigar no Vosso Coração,
É DEUS Santo, Forte, Imortal! Amém.

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