sábado, 11 de outubro de 2014

Passio Domini - Meditação do Getsamani por Papa Bento XVI - parte II



JMJT



PRIMEIRA PARTE: Orações iniciais

Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.
Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.


Em Nome do PAI, FILHO e Espirito Santo. Amém

SENHOR, tende piedade de nós.
CRISTO, tende piedade de nós
SENHOR, tende piedade de nós

1. Oferecimento de si em benefício dos Sacerdotes

Meus DEUS e PAI, em resposta à palavra de Vosso FILHO no Monte das Oliveiras: “Vigiai e orai Comigo”, pedimos a Vós: aceitai-nos como auxiliares especiais de Vossos sacerdotes, em nome dos quais, oferecemos a Vós cada quinta-feira como um sacrifício de amor.

Com desejo fervoroso, eu me ofereço-Vos, ó PAI, com completa confiança, juntamente com esta celebração da Passio Domini como um sacrifício de amor em favor de todos os sacerdotes. Tomai este sacrifício e transformai-o no “vinho” para o Cálice do Fortalecimento. Então, PAI, enviai Vosso Santo Anjo com esse Cálice para fortalecer os sacerdotes, especialmente os de minha paróquia. Amém.

2. Oração preparatória para Meditação da Paixão:

Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus.

Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim.

Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado.
O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!.
Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus.
Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte — para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono.
Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele!

Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!
Meu Anjo da guarda velai para que as minhas faculdades se concentrem todas na agonia de Jesus e nunca mais se desprendam. Amém.

Ó meu Senhor Jesus Cristo, prostrado na tua presença divina, suplico ao Teu amorosíssimo Coração que me admita à dolorosa meditação da Tua Paixão, durante as quais, por nosso amor, tanto sofreste no Teu corpo adorável e na Tua alma santíssima, até à morte de cruz. Ajudai-me e dai-me a graça, o amor, a profunda compaixão e a compreensão dos Teus sofrimentos, enquanto agora medito na tua prisão.

Ó misericordioso Senhor, ofereço-Te a vontade e o desejo que tenho de meditar a Tua Dolorosa Paixão e aceita a minha amorosa intenção e faz com que seja de proveito para mim e para todos.

Dou-Te graças, ó meu Jesus, que por meio da oração me chamas à união conTigo e, para Te agradar ainda mais, tomo os Teus pensamentos, a Tua língua, o Teu Coração e com Eles pretendo rezar, fundindo-me inteiramente na Tua Vontade e no Teu Amor. Por fim estendo os meus braços para Te abraçar e apoio a minha cabeça no Teu Coração. Desta maneira pretendo meditar. Amém.


SEGUNDA PARTE: Meditação


Continuação da Meditação da Agonia do SENHOR por Papa Bento XVI:


1)     Jesus continua a sua oração: “Abbá! Pai! Tudo é possível a Ti: afasta de mim este cálice! Mas, que não seja aquilo que quero, mas aquilo que queres” (Mar 14,36). Nesta invocação existem três passagens reveladoras. No inicio temos o dúplice termo com o qual Jesus se dirige a Deus: “Abbá! Pai” (Marc 14,36a). Sabemos bem que a palavra aramaica Abbá é aquela que vinha usada pela criança para dirigir-se ao papai e exprimir, portanto, o relacionamento de Jesus com Deus Pai, um relacionamento de ternura, de afeto, de confiança, de abandono. Na parte central da invocação existe o segundo elemento: a consciência da onipotência do Pai - “tudo é possível a Ti” - que introduz um pedido, no qual, mais uma vez aparece o drama da vontade humana de Jesus diante da morte e do mal: “afasta de mim este cálice!”. Mas existe a certeza na expressão da oração de Jesus que é aquela decisiva, na qual a vontade humana adere plenamente à vontade divina. Jesus, de fato, conclui dizendo com força: “Entretanto, que não seja aquilo que quero, mas aquilo que queres” (Mar 14,36a). Jesus no Monte das Oliveiras reporta a vontade humana ao “sim' pleno a Deus, n'Ele a vontade natural é unida a vontade divina. Jesus vive a sua existência segundo o centro da sua Pessoa: o seu ser Filho de Deus. Assim Jesus nos diz que somente no conformar a sua vontade à vontade divina, o ser humano chega à sua verdadeira altura, se torna “divino”, somente saindo de si, somente no “sim' a Deus, se realiza o desejo de Adão, de todos nós, aquele de ser completamente livres. É isto que Jesus cumpre no Getsêmani: transferindo a vontade humana na vontade divina nasce o verdadeiro homem, e nós somos redimidos.
Fiquemos juntos de Jesus nesta noite para alcançarmos a verdadeira liberdade: liberdade através da obediência a DEUS.

Minuto de silêncio...  Ave Maria...

2) Queridos irmãos e irmãs, todos os dias na oração do Pai Nosso nós pedimos ao Senhor: “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mat 6,10). Reconhecemos, isto é, que existe uma vontade de Deus conosco e para nós, uma vontade de Deus sobre a nossa vida, que deve se tornar cada dia mais uma referência do nosso querer e do nosso ser, reconhecemos ainda que é no “céu” onde se faz a vontade de Deus e que a “terra” se torna céu, local da presença do amor, da bondade, da verdade, da beleza divina, somente se na mesma é realizada a vontade de Deus. Na oração de Jesus ao Pai, naquela noite terrível e estupenda do Getsêmani, a “terra” se torna “céu”; a “terra” da sua vontade humana, tomada pelo medo e pela angústia, foi assumida pela vontade divina, assim que a vontade de Deus se realizou sobre a terra. Isto é importante também na nossa oração: devemos aprender a confiar-nos mais à Providência divina, pedir a Deus a força de sairmos de nós mesmos para renovarmos o nosso “sim”, para repetir-lhe “seja feita a vossa vontade”, para conformar a nossa vontade à sua. É uma oração que devemos fazer todos os dias, porque nem sempre é fácil confiar-nos à vontade de Deus, repetir o “sim” de Jesus, o “sim” de Maria. As narrações evangélicas do Getsêmani mostram dolorosamente que os três discípulos, escolhidos por Jesus para estarem próximos dele, não foram capazes de vigiar com Ele, de partilhar a sua oração, a sua adesão ao Pai e foram envolvidos pelo sono.

“A oração de Jesus durante a sua agonia no Horto do Getsêmani e as suas últimas palavras na cruz revelam a profundidade da sua oração filial: Jesus leva a cumprimento o desígnio de amor do Pai e toma sobre si todas as angústias da humanidade, todos os pedidos e as intercessões da história da salvação. Ele os apresenta ao Pai que os acolhe e atende, além de toda esperança, ressuscitando-o dos mortos”. Verdadeiramente “em nenhuma outra parte da Sagrada Escritura olhamos tão profundamente dentro do mistério interior de Jesus, como na oração no Monte das Oliveiras”.

Caros amigos, peçamos ao Senhor para que sejamos capazes de vigiar com Ele na oração, de seguir a vontade de Deus todos os dias também quando se fala de Cruz, de viver uma intimidade sempre maior com o Senhor, de trazer para esta “terra” um pouco do “céu” de Deus.

Minuto de silêncio...  Ave Maria...

TERCEIRA PARTE: Oferecimento das gotas do Preciosissimo Sangue

 Neste momento cada pessoa pode oferecer em silêncio ou em voz alta a gotas do Precisissimo sangue por diversas intenções, especialmente pela Igreja e pelos sacerdotes. Pode-se rezar com as próprias palavras ou usar a oração abaixo para apresentar suas intenções:

Senhor e Salvador JESUS CRISTO, nesta hora de vossa dolorosa agonia no Horto das Oliveiras, suplicamos uma gota do Vosso Precisíssimo Sangue por .... (intenção particular)

Oração Final

Meu Jesus, Tu chamaste-me nesta Hora da Tua Paixão a fazer-Te companhia e eu vim. Parecia-me que Te ouvia, angustiado e sofredor, a pedir, a reparar e a sofrer, e com as vozes mais comovedoras e eloquentes pedir a salvação das almas.
 
Procurei seguir-Te em tudo e agora, tendo de Te deixar para me dedicar às minhas ocupações habituais, sinto o dever de Te dizer “obrigado”, e “bendigo-Te”.
 
Sim, ó Jesus, repito-Te “obrigado” milhares de vezes e “bendigo-Te” por tudo o que fizeste e sofreste por mim e por todos. “Obrigado” e “bendigo-Te” por cada gota de Sangue que derramaste, por cada respiro, palpitação, passo, palavra, olhar, amargura e ofensa que suportaste. Por tudo, ó meu Jesus, Te digo um “obrigado”  e um “bendigo-Te”.
 
Ó Jesus, faz com que de todo o meu ser brote uma corrente contínua de gratidão e de bênçãos, de forma a atrair sobre mim e sobre todos a corrente das Tuas bênçãos e graças. Ó Jesus, aperta-me ao Teu Coração e com as Tuas mãos santíssimas marca cada partícula do meu ser com o Teu “bendigo-Te”, para que de mim brote um hino contínuo de louvor a Ti.

Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.

Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.

Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.

Com o Vosso FILHO, ó Mãe Pia,
A abençoai-nos, ó Virgem Maria!

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