sábado, 6 de maio de 2017

Relógio da Paixão: 3ª Hora do Getsemani – Parte 2.



Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.

Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.

Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.

 
1ª PARTE: Orações iniciais



Em Nome do PAI, FILHO e Espirito Santo. Amém

SENHOR, tende piedade de nós.
CRISTO, tende piedade de nós
SENHOR, tende piedade de nós

 

1. Oferecimento de si em benefício dos Sacerdotes

Meus DEUS e PAI, em resposta à palavra de Vosso FILHO no Monte das Oliveiras: “Vigiai e orai Comigo”, pedimos a Vós: aceitai-nos como auxiliares especiais de Vossos sacerdotes, em nome dos quais, oferecemos a Vós cada quinta-feira como um sacrifício de amor.

Com desejo fervoroso, eu me ofereço-Vos, ó PAI, com completa confiança, juntamente com esta celebração da Passio Domini como um sacrifício de amor em favor de todos os sacerdotes. Tomai este sacrifício e transformai-o no “vinho” para o Cálice do Fortalecimento. Então, PAI, enviai Vosso Santo Anjo com esse Cálice para fortalecer os sacerdotes, especialmente os de minha paróquia. Amém.

2. Oração preparatória para Meditação da Paixão:

Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus.

Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim.

Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado.
O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!.
Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus.
Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte — para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono.
Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele!

Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!
Meu Anjo da guarda velai para que as minhas faculdades se concentrem todas na agonia de Jesus e nunca mais se desprendam. Amém.

Ó meu Senhor Jesus Cristo, prostrado na tua presença divina, suplico ao Teu amorosíssimo Coração que me admita à dolorosa meditação da Tua Paixão, durante as quais, por nosso amor, tanto sofreste no Teu corpo adorável e na Tua alma santíssima, até à morte de cruz. Ajudai-me e dai-me a graça, o amor, a profunda compaixão e a compreensão dos Teus sofrimentos, enquanto agora medito na tua prisão.

Ó misericordioso Senhor, ofereço-Te a vontade e o desejo que tenho de meditar a Tua Dolorosa Paixão e aceita a minha amorosa intenção e faz com que seja de proveito para mim e para todos.

Dou-Te graças, ó meu Jesus, que por meio da oração me chamas à união conTigo e, para Te agradar ainda mais, tomo os Teus pensamentos, a Tua língua, o Teu Coração e com Eles pretendo rezar, fundindo-me inteiramente na Tua Vontade e no Teu Amor. Por fim estendo os meus braços para Te abraçar e apoio a minha cabeça no Teu Coração. Desta maneira pretendo meditar. Amém.


10 minutos de silêncio para oração pessoal...

2ª PARTE  : Meditação
 
Meditação da 3ª Hora da Agonia de JESUS pela serva de DEUS Picaretta (continuação)

1. Meu Jesus, enquanto bebes o cálice repleto de intensas amarguras que o Pai Celeste Te mandou, sinto que suspiras, gemes e deliras ainda mais e com voz sufocada dizes: “Ó almas, ó almas, vinde, aliviai-Me! Entrai na Minha Humanidade; quero-vos, desejo-vos! Não sejais surdas à Minha voz, não torneis vãos os Meus desejos ardentes, o Meu Sangue, o Meu Amor, as Minhas penas! Vinde, ó almas, vinde!”
 
Meu Jesus delirante, cada um dos Teus gemidos e suspiros é uma ferida para o meu coração que não me dá paz. Por isso, faço como se fosse meu o Teu Sangue, o Teu Querer, o Teu zelo ardente, o Teu Amor. E assim vou para todos os lugares da Terra, quero ir junto de todas as almas, para lhes dar o Teu Sangue como penhor da sua salvação e trazê-las junto de Ti, para saciar os Teus desejos ardentes, os Teus delírios e suavizar as amarguras da Tua agonia. E, enquanto eu faço isto, acompanha-me com o Teu olhar.
 
Minha Mãe, venho ter conTigo, porque Jesus quer almas, quer conforto. Portanto, dá-me a Tua mão materna e juntas giremos por todo o mundo à procura de almas. Encerremos no Seu Sangue os afetos, os desejos, os pensamentos, as obras, os passos de todas as criaturas, e lancemos nas suas almas as chamas do Seu Coração a fim de que se entreguem e, assim, fechadas no Seu Sangue e transformadas pelas Suas chamas, sejam conduzidas a Jesus para suavizar as penas da Sua agonia amarguíssima.
 
Meu Anjo da Guarda, precede-me. Vai preparando as almas que deverão receber este Sangue, a fim de que nenhuma gota fique sem o seu copioso efeito. 
 
Minha Mãe, depressa, giremos! Vejo o olhar de Jesus que nos segue; sinto os Seus gemidos constantes, que nos impelem a cumprir depressa a nossa tarefa.
 
Ó Mãe, olhe com amor a terra e tome de compaixão tantas pobres criaturas que precisam deste Sangue. Minha Mãe, sinto-me impulsionado, pelo olhar indagador de Jesus, a correr, porque quer almas, escuto os Seus gemidos no fundo do meu coração que me repetem: “Meu filho, ajuda-Me, dá-Me almas!”
 
Mas, ó Mãe, vê como a terra está cheia de almas que estão para cair no pecado e Jesus irrompe em pranto ao ver o seu Sangue sofrer novas profanações. Seria necessário um milagre para impedir a queda; por isso, dêmos-lhe o Sangue de Jesus para que encontrem n’Ele a força e a graça para não caírem no pecado.
 
Ao darmos um passo, ó Mãe, encontramos almas que já caíram na culpa, as quais quereriam uma mão para se levantarem. Jesus ama-as, mas olha-as horrorizado por causa da imundice do pecado. Assim a sua Agonia torna-se mais intensa. Dêmos a essas almas o Sangue de Jesus, para que encontrem Nele a força para se levantarem. Vês, ó Mãe: são almas que têm necessidade deste Sangue, almas mortas para a Graça. Oh, como é lastimável o seu estado! O Céu olha-as e chora de dor, a terra olha-as com horror, todos os elementos estão contra elas e quereriam destruí-las, porque se tornaram inimigas do Criador. Ó Mãe, o Sangue de Jesus contém Vida. Derramemos este Precioso Sangue sobre essas almas a fim de que, ao seu toque, ressurjam mais belas ao ponto de fazer sorrir todo o Céu e toda a terra.
 
Ó Mãe, giremos mais um pouco; vês, existem almas que trazem o selo da perdição, almas que pecam e fogem a Jesus, que ofendem e desesperam do seu perdão. São estes os novos Judas espalhados pela terra e que dilaceram aquele Coração tão amargurado. Dêmos-lhe o Sangue de Jesus, a fim de que este Sangue apague a marca da perdição e imprima nelas a marca da salvação. Que este Precioso Sangue lance nos seus corações tal confiança e amor depois da culpa, ao ponto de as fazerem correr aos pés de Jesus e a apertarem aqueles pés divinos para nunca mais se separarem.
 
Vês, ó Mãe: existem, também, almas que correm loucamente para a perdição e não existe ninguém que detenha a sua corrida. Coloquemos este Precioso Sangue à frente dos seus passos, a fim de que -- ao toque, à luz e à voz suplicante Dele -- possam recuar e percorrerem o caminho da salvação!
 
Ó Mãe, continuemos, a girar: vês que existem almas boas, almas inocentes nas quais Jesus encontra a Sua complacência e o repouso da Criação. Mas, as criaturas, à sua volta, encontram tantas ciladas e escândalos, que querem arrancar esta inocência e mudar a complacência e o repouso de Jesus em pranto e amargura, como se não tivessem em mira outra coisa senão aquela de provocar contínuos sofrimentos ao Seu Coração Divino.
 
Portanto, como muro de defesa, selemos e rodeemos a inocência dessas almas com o Sangue de Jesus, a fim de que a culpa não entre nelas. Que este Precioso Sangue, coloque em fuga quem as quer manchar e as conserve cândidas e puras, a fim de que Jesus encontre, nelas, toda a Sua complacência e o repouso da Criação e, por amor delas, tenha piedade de tantas outras pobres criaturas. Minha Mãe, metamos estas almas no Sangue de Jesus, liguemo-las e voltemos a ligá-las com o Santo Querer de Deus. Levemo-las aos Seus braços e, com as suaves cadeias do Seu Amor, liguemo-las ao Seu Coração, para suavizar as amarguras da Sua agonia mortal. 
 
Ó Mãe, escuta: este Sangue grita e quer ainda mais almas; corramos juntos e vamos às regiões dos heréticos e infiéis. Quanto sofre Jesus nestas regiões! Ele, que é a Vida de todos, não recebe como retribuição nem sequer um pequeno ato de amor. Não é reconhecido pelas Suas próprias criaturas. Ó Mãe, demos-lhe este Sangue, a fim de que afugente as trevas da ignorância e da heresia. Faz-lhes compreender que têm uma alma e abre-lhes as portas do Céu. Depois, metamos estas almas todas no Sangue de Jesus, conduzamos elas ao redor d’Ele como tantos filhos órfãos e exilados, para que encontrem o seu Pai, e deste modo, Jesus sentir-se-á confortado na Sua acérrima agonia.
 
Mas, parece que Jesus ainda não está satisfeito, porque quer ainda mais almas. ELE sente que os agonizantes destas regiões lhe são arrebatados dos Seus braços, para irem cair no Inferno. Estas almas já estão para expirar e precipitarem-se no abismo; não há ninguém perto delas para as salvar; temos pouco tempo, estes são os últimos momentos e elas perder-se-ão, certamente! Não, ó Mãe, este Sangue não será derramado inutilmente por elas, portanto voemos depressa ao seu encontro, derramemos o Sangue de Jesus sobre as suas cabeças para que lhes sirva de batismo e infunda nelas a Fé, a Esperança e o Amor. 
 
Ó Mãe, aproxima-Te delas e supre a tudo o que lhes falta. Antes, mostra-Te. No Teu rosto resplandece a beleza de Jesus e os Teus modos são todos semelhantes aos DELE. Assim, vendo-Te, com toda a certeza, essas almas poderão conhecer a Jesus. Depois, estreita-as ao Teu Coração materno, infunde nelas a Vida de Jesus que Tu possuis e diz-lhes que, como Sua Mãe, queres que elas sejam felizes para sempre conTigo no Céu e assim, enquanto expiram, recebe-as nos Teus braços e faz com que passem para os braços de Jesus. E se Jesus, segundo os direitos da Justiça, manifestar que não as quer receber, recorda-Lhe com o qual amor confiou essas almas a Ti aos pés da cruz. Reclama os Teus direitos de Mãe. Deste modo, Ele não poderá resistir ao Teu amor e às Tuas orações e, ao contentar o seu Coração, satisfará também os Seus ardentes desejos.
 
Minuto de reflexão e silêncio... Ave Maria...
 
2. E, agora, ó Mãe, tomemos este Sangue e demo-lo a todos: aos aflitos, para que sejam confortados; aos pobres, para que sofram resignados a sua pobreza; aos tentados, para que obtenham a vitória; aos incrédulos, para que triunfe neles a virtude da Fé; aos blasfemadores, para que transformem as blasfémias em bênçãos; aos Sacerdotes, a fim de que compreendam a sua missão e sejam dignos Ministros de Jesus. Toca os seus lábios com este Sangue, para que não pronunciem palavras que não sejam para a glória de Deus; toca os seus pés, a fim de que os faça voar para irem em busca de almas para as levarem a Jesus.
 
Demos este Sangue aos governantes dos povos, para que se unam entre si e sintam mansidão e amor para com os próprios súditos.
 
 Agora, voemos até ao Purgatório e demo-lo também às almas purgantes, porque elas muito choram e reclamam este Sangue, para a sua libertação. Não ouves, ó Mãe, não escutas os seus gemidos, os seus desejos ardentes de amor, as torturas, com as quais se sentem atraídas, continuamente, para o Sumo Bem? Vês como o próprio Jesus as quer purificar, imediatamente, para as ter consigo. Atrai-as com o Seu Amor e elas retribuem com contínuos anelos para com Ele; e enquanto se encontram na Sua presença, não podendo ainda suportar a pureza do olhar divino, são obrigadas a recuar e a cair novamente nas chamas!
 
Minha Mãe, desçamos a este cárcere profundo e, derramando este Sangue sobre elas, levemos-lhe a luz, acalmemos os seus desejos de amor, apaguemos o fogo que as queima, purifiquemos as suas manchas, e assim, livres de todas as penas, elas voarão para os braços do Sumo Bem. Demos este Sangue às almas mais abandonadas, a fim de que encontrem Nele todos os sufrágios que as criaturas não dão. Ó Mãe, demos este Sangue a todas, não privemos nenhuma delas, para que todas, em virtude Dele, encontrem alívio e libertação. 
 
Minha Mãe, sejas a Rainha benevolente nestas regiões de pranto e de lamentações. Estende as Tuas mãos maternas e, uma a uma, tira-as para fora destas chamas ardentes e faz com que todas desprendam o seu voo rumo ao Céu. 
 
E, agora, voemos também nós até ao Céu, coloquemo-nos às portas eternas e permite-me, ó Mãe, que Te dê, também a Ti, este Sangue para Tua maior glória. Este Sangue Te inunde de nova luz e de novas alegrias, e faz com que esta luz desça, em favor, de todas as criaturas, para dar a todas graças de salvação.
 
Minha Mãe, dá-me também a mim este Sangue. Tu sabes quanto necessito dele. Com as Tuas próprias mãos maternas, toca-me todo com este Sangue e, ao tocar-me, purifica as minhas manchas, cura as minhas feridas e enriquece a minha pobreza; faz com que este Sangue circule nas minhas veias e me dê de novo toda a Vida de Jesus. Desça sobre o meu coração e o transforme no Seu próprio Coração, me embeleze tanto, de tal forma que Jesus possa encontrar todas as Suas alegrias em mim. 
 
Enfim, ó Mãe, entremos nas regiões celestes e demos este Sangue a todos os Santos e a todos os Anjos, para que possam receber maior glória, irromper em agradecimentos a Jesus e interceder por nós, para que em virtude deste Sangue os possamos alcançar.
E depois de termos dado este Sangue a todos, vamos de novo ter com Jesus.
Anjos e Santos, vinde conosco. 
 
Ah, Ele suspira pelas almas, quer que todas voltem a entrar na Sua Humanidade, para dar a todas os frutos do Seu Sangue; coloquemo-las em redor d’Ele e sentirá regressar a vida e a recompensa pela agonia tão dolorosa que sofreu. 
 
E agora, Mãe Santa, chamemos todos os elementos para Lhe fazerem companhia, a fim de que também eles prestem honra a Jesus. Ó luz do sol, vem dissipar as trevas desta noite para confortar Jesus. Ó estrelas, com os vossos raios trémulos, descei do céu, vinde a confortar Jesus. Flores da terra, vinde com os vossos perfumes; pássaros, vinde com os vossos gorjeios; todos os elementos da terra, vinde a confortar Jesus. Vem, ó mar, a refrescar e a lavar Jesus. Ele é o nosso Criador, a nossa vida, o nosso tudo; vinde todos a confortá-Lo, a prestar-Lhe homenagem como nosso Senhor Soberano. Mas, ai! Jesus não procura luz, estrelas, flores e pássaros; Ele quer almas, almas!
 
Ó meu doce Bem, estão todos aqui, juntamente, comigo: a Tua querida Mãe está junto de Ti, repousa-Te nos Seus braços; assim, também Ela se sentirá confortada estreitando-Te ao peito, porque tomou grande parte na Tua dolorosa agonia; está aqui, também, a Madalena e todas as almas amantes de todos os séculos. Ó Jesus, aceita-as e diz a todas uma palavra de perdão e de amor, une-as a todas no Teu Amor, a fim de que, nunca mais, nenhuma alma Te abandone!
 
Minuto de reflexão e silêncio... Ave Maria...
 
3. Ai, mas, a mim parece-me que Tu dizes: “Ó filho, quantas almas, com o seu esforço, Me escapam e caem na ruína eterna! Como é que se poderá acalmar a minha dor, se Eu amo tanto uma só alma, quanto amo todas as almas juntas?”.
 
Meu Jesus agonizante, parece que a Tua Vida está prestes a terminar. Sinto a Tua respiração ofegante de agonia, os Teus lindos olhos velados pela morte que se avizinha, todos os Teus membros sem forças e, com frequência, parece-me que já não respiras. Parte-me o coração de dor. Abraço-Te e sinto-Te gelado; sacudo-Te e não dás sinal de vida! Jesus, estás morto? Ó Mãe aflita, Anjos do Céu, vinde a chorar Jesus e não permitais que eu continue a viver sem Ele. Ah, não posso! Abraço-O com mais força e sinto que volta a respirar, mas, de novo deixa de dar sinal de vida! Chamo-O: – “Jesus, Jesus, minha Vida, não morras!”
 
sinto o barulho dos Teus inimigos que vêm para Te prender; no estado em que Te encontras, quem Te defenderá? Mas, eis que, movendo-Te, como se passasses da morte à vida, olhas para mim e dizes: “Ó alma, estás aqui? Portanto, tu foste testemunha das Minhas dores e de todas as mortes que sofri? Fica a saber que, nestas três horas de acérrima agonia no Horto, encerrei em Mim todas as vidas das criaturas e sofri todas as suas penas e a sua própria morte, dando a cada uma delas a Minha própria Vida. As Minhas agonias sustentarão as suas, as Minhas amarguras e a Minha morte transformar-se-ão para elas em fonte de doçura e de vida. Quanto me custam as almas! Se pelo menos houvesse uma retribuição! Tu viste que, enquanto morria, voltava a respirar; eram as mortes das criaturas que Eu sentia em Mim!”.
 
Meu Jesus sofredor, já que quiseste encerrar em Ti, a minha vida e, portanto, também, a minha morte, rogo-Te, por esta Tua dolorosa agonia, que venhas a assistir-me no momento da minha morte. Eu dei-Te o meu coração como refúgio e descanso, os meus braços para Te sustentar e coloquei todo o meu ser à tua disposição; e oh, como me entregaria, de boa vontade, nas mãos dos Teus inimigos, para poder morrer no Teu lugar! Vem, ó Vida do meu coração, naquela hora a restituir-me aquilo que Te dei: a Tua companhia, o Teu Coração como leito e repouso, os Teus braços para me sustentarem, a Tua respiração ofegante para aliviar a minha respiração aflita, de modo que ao respirar, respirarei por meio da Tua respiração que, como ar purificador, me purificará de qualquer mancha e me preparará para entrar na bem-aventurança eterna.
 
Antes, ó meu amável Jesus, então darás à minha alma a Tua própria Santíssima Humanidade, de modo que, ao olhares para mim, me olharás através de Ti mesmo, e olhando para Ti mesmo, não encontrarás nada para me julgar; e depois banhar-me-ás no Teu Sangue, revestir-me-ás com a veste cândida da Tua Santíssima Vontade, acariciar-me-ás com o Teu Amor e, dando-me o derradeiro beijo, far-me-ás levantar voo da Terra rumo ao Céu. E isto que quero para mim, dár-Te a todos os agonizantes; abraça-os todos no Teu amplexo de amor e, dando-lhes o beijo da união conTigo, salva-os a todos e não permitas que nenhum se perca!
 
Meu Bem aflito, ofereço-Te esta Hora santa em memória da Tua Paixão e da Tua Morte, para desarmar a justa cólera de Deus por causa de tantos pecados, pelo triunfo da Santa Igreja, pela conversão de todos os pecadores, pela paz entre os povos, especialmente pela nossa Pátria, pela nossa santificação e em sufrágio das almas do Purgatório.
 
Vejo que os Teus inimigos já estão perto e Tu tens de me deixar para ires ao seu encontro. Jesus, permite-me que Te ofereça todos os santos beijos da Tua Santíssima Mãe, deixa que beije os Tua face, que Judas, agora mesmo, beijará com o seu beijo infernal. Que Ela Te enxugue o Rosto banhado de Sangue, sobre o qual, dentro em breve, choverão murros e escarros. Abraço-me, fortemente, ao Teu Coração, não Te abandono, mas sigo-Te e Tu abençoa-me e assisti-me. Assim seja.
 
Minuto de reflexão e silêncio... Ave Maria...

3ª PARTE: Oferecimento das gotas do Preciosíssimo Sangue

 Neste momento cada pessoa pode oferecer em silêncio ou em voz alta a gotas do Precisissimo sangue por diversas intenções, especialmente pela Igreja e pelos sacerdotes. Pode-se rezar com as próprias palavras ou com a oração abaixo.

Senhor e Salvador JESUS CRISTO, nesta hora de vossa dolorosa agonia no Horto das Oliveiras, suplicamos uma gota do Vosso Precisíssimo Sangue por .... (intenção particular)

4ª PARTE: Orações Finais


Oração Final
 
Meu Jesus, Tu chamaste-me nesta Hora da Tua Paixão a fazer-Te companhia e eu vim. Parecia-me que Te ouvia, angustiado e sofredor, a pedir, a reparar e a sofrer, e com as vozes mais comovedoras e eloquentes pedir a salvação das almas.
Procurei seguir-Te em tudo e agora, tendo de Te deixar para me dedicar às minhas ocupações habituais, sinto o dever de Te dizer “obrigado”, e “bendigo-Te”.
Sim, ó Jesus, repito-Te “obrigado” milhares de vezes e “bendigo-Te” por tudo o que fizeste e sofreste por mim e por todos. “Obrigado” e “bendigo-Te” por cada gota de Sangue que derramaste, por cada respiro, palpitação, passo, palavra, olhar, amargura e ofensa que suportaste. Por tudo, ó meu Jesus, Te digo um “obrigado”  e um “bendigo-Te”.
Ó Jesus, faz com que de todo o meu ser brote uma corrente contínua de gratidão e de bênçãos, de forma a atrair sobre mim e sobre todos a corrente das Tuas bênçãos e graças. Ó Jesus, aperta-me ao Teu Coração e com as Tuas mãos santíssimas marca cada partícula do meu ser com o Teu “bendigo-Te”, para que de mim brote um hino contínuo de louvor a Ti.


2. Oração de São Miguel.



Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.

Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.

Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.


Com o Vosso FILHO, ó Mãe Pia,
A abençoai-nos, ó Virgem Maria!

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